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Sexta - 26 de Janeiro de 2018 às 12:10

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Virgílio Simões
Manaus 26 de julho
Fonte: www.acritica.com


O maestro Rui Carvalho é o organizador do Festival Amazonas de Jazz (FAJ) desde a sua primeira edição. Nascido em 1954, em Lisboa (Portugal), iniciou os estudos musicais na Suécia aos 18 anos. Chegou no Brasil em 1978. Foi professor em Tatuí, conhecida como a “capital da música” no interior do Estado de São Paulo, e se especializou em regência de Big Band.


A convite da Secretaria de Estado da Cultura (SEC) veio a Manaus em 2001, para ser maestro da Amazonas Band. Realiza o FAJ desde 2006. Enquanto se prepara para subir no palco do Teatro Amazonas, junto com a Amazonas Band e os músicos David Liebman e Marcelo Coelho, nos concedeu entrevista falando de sua trajetória e projetos.


Como vingou a ideia de um festival de jazz no Amazonas?

Eu nunca duvidei que o festival pudesse se tornar um sucesso, até porque foi uma realização da SEC, que conta com uma equipe de trabalho muito bem estruturada. Claro que um festival de jazz na Amazônia podia se tornar uma marca. Afinal, a Amazônia é símbolo de luta pela preservação ambiental, o que se constitui num signo de modernidade, tal qual o jazz ou, se você preferir, a música instrumental com alto grau de improvisação.


Encontrei algumas dificuldades apenas fora do País, pois nem todos os agentes, especialmente de músicos dos Estados Unidos, sabiam alguma coisa acerca de Manaus. Mas as dificuldades estão aí para serem superadas, e cá estamos nós na sétima edição de um festival agora consolidado como um dos melhores no mundo. Palavra de quem roda o mundo, participando de outros festivais. Isso, para nós que trabalhamos na SEC, é motivo de orgulho.

Foi difícil trazer músicos de fora, no início?

Tem uma história hilária: teve um agente que me perguntou, não ONDE ficava Manaus, mas o que ERA Manaus. Depois me perguntou se Manaus tinha hotéis. E por fim perguntou se os hotéis aqui tinham ar-condicionado. Mas a história mais hilária foi quando cheguei no pronto-socorro, totalmente estressado durante a organização do primeiro festival.

E o médico de plantão, que não sabia quem eu era, me recomendou relaxar e ir assistir ao festival de jazz que começava dali a uma semana. Quando eu lhe disse que eu era o responsável pelo festival, ele arregalou o olho e saiu-se com esta: “Legal! Então me conta aí quem vem!”

Quais foram as maiores surpresas do FAJ?

Eu não diria “surpresas”. Diria antes realizações. Poder apresentar a Amazonas Band com uma lenda como o Liebman. E, como aconteceu na terça-feira, na abertura, com o Mauro (Senize) e o Gilson (Peranzeta), é extremamente gratificante do ponto de vista profissional.

Como surgiu a homenagem a um artista popular como o Teixeira de Manaus?

A iniciativa foi do secretário de cultura, Robério Braga, que achou por bem homenagear um homem cuja música traduz uma memória afetiva muito presente no imaginário manauara.

O Festival está consolidado, ou ainda há passos importantes a serem dados?

O passado já aconteceu. O futuro a Deus pertence, e o amanhã deverá sempre ser melhor que hoje. Trabalhamos para isso. Na essência, mudou pouca coisa, mas, do ponto de vista organizacional, tende a aprimorar-se, bem como do ponto de vista da programação, que pretende sintonizar-se com os anseios que auscultamos junto ao público local.


Espetáculo “Welcome”
Jony Clay Borges
http://www.cultura.am.gov.br/

De volta ao palco do Teatro Amazonas, a Amazonas Jazz Band faz nova apresentação do concerto “Welcome”, reunindo clássicos da música brasileira e ritmos latinos, na próxima quarta-feira (24/01), às 20h. O espetáculo traz composições de nomes como Tom Jobim, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e Eddie Palmieri, entre outros. A orquestra faz parte dos Corpos Artísticos mantidos pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC).

Tendo à frente Rui Carvalho, maestro titular da Amazonas Band, “Welcome” traz uma seleção de standards e sucessos da música brasileira, acrescida de composições baseadas em ritmos latino-americanos, como mambo e cha cha cha. “Garota de Ipanema” e “Chega de saudade”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; “Palco”, de Gilberto Gil; e “Tequila”, de Danny Flores; são algumas das músicas incluídas no programa.

“Nossa proposta com esse concerto é atender à expectativa dos turistas que vêm nos visitar e já trazem uma imagem formada do Brasil. É um repertório que prioriza vários ângulos da música brasileira, da Bossa Nova à música mais moderna de Gilberto Gil, por exemplo. Também incluímos Jorge Ben Jor, com ‘Mas que nada’, uma música de 1969 que recentemente fez parte da trilha sonora da animação ‘Rio’”, comenta o maestro.

Completando a seleção musical, o concerto traz composições dos norte-americanos Eddie Palmieri e Danny Flores baseadas na música latina. “Incluímos também um pouco do que o público imagina que seja a música dos trópicos, com mambo e cha cha cha”, assinala Carvalho.

O concerto “Welcome” tem ingressos a R$ 50 para plateia e frisas, em valor de inteira; os demais assentos têm acesso gratuito.

Novos repertórios e concertos

Completando 18 anos de trajetória em 2018, a Amazonas Jazz Band tem boas perspectivas para o ano. De acordo com Rui Carvalho, a ampliação do repertório e novas parcerias com artistas do Amazonas e de outros cenários musicais estão nos planos do conjunto para os próximos meses.

“Queremos fazer repertórios que nunca fizemos, inclusive com novas canções de artistas que já fazem parte dos nossos concertos, como o saxofonista norte-americano Bob Mintzer. Também queremos fazer músicas de Moacir Santos, saxofonista e compositor pernambucano, que é um projeto nosso”, adianta o maestro.

Ainda para este ano, a orquestra aguarda a confirmação de um concerto ao lado de músicos internacionais, mas também planeja tocar ao lado de nomes do circuito local. “Gostaríamos de fazer mais trabalhos com artistas amazonenses, como fizemos no ano passado com o ‘Concerto Amazônico’, no qual tocamos ao lado de Zezinho Corrêa, Lucilene Castro, Márcia Siqueira, Ketlen Nascimento, entre outros”, afirma Rui Carvalho.

Trajetória

Criada pela Secretaria de Cultura do Amazonas em 2000, a Amazonas Jazz Band tem como objetivo difundir, preservar e incentivar a criação de música popular instrumental, privilegiando as vertentes associadas nesse campo ao legado cultural brasileiro assim como ao jazz, à música pop e a diversos outros gêneros.







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